quinta-feira, 31 de março de 2011

Dugpas

"These evil sorcerers, dugpas, they call them, cultivate evil for the sake of evil and nothing else. They express themselves in darkness for darkness, without leavening motive. This ardent purity has allowed them to access a secret place of great power, where the cultivation of evil proceeds in exponential fashion. And with it, the furtherance of evils resulting power. These are not fairy tales, or myths. This place of power is tangible, and as such, can be found, entered, and perhaps, utilized in some fashion. The dugpas have many names for it, but chief among them is the Black Lodge... But you dont believe me, do you? You think I'm mad. Overworked. Go away."

sexta-feira, 25 de março de 2011

"Há um espião entre nós."

A intenção desse texto era, inicialmente, divagar sobre a verdadeira identidade de um professor do Montana que proclama ser um chileno doutor em direito, mas cujo o nome é Vladimir e troca o "B" pelo "V" quando fala (o que me leva a concluir que ele é na verdade um espião russo). Mas a idéia se desdobrou melhor em outro ocorrido. Ontem fui no 1º Festival de Cinema Transcendetal, com o intuito de cobrir o evento pelo Daiblog, e lá me senti como uma espécie de espião. Afinal todos lá possuiam aquela aura, em maior ou menor grau, de paz celestial que a religiosidade cristã transmite aos seus fiéis. Só que eu não possuo isso, meu conhecimento metafísico é bem diferente e desprovido dessa singularidade. Então qualquer coisa que eu tenha feito lá, em relação a espiritualidade, foram tentativas inverossímeis. Aplaudi, ri e fiquei sentido, mas não por inteiro. Aquilo não tinha me tocado no âmago em nenhum momento. Faltava uma intensidade plausível naqueles diálogos. Uma intensidade sensorial que transcendesse. Que me fizesse parar com a espionagem barata. E que enfim me mostrasse a imensa e gloriosa verdade. Uma verdade como a dor que a Beth Gibbons proclama pra si.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Neuromancer

"Neuromancer, the lane to the land of the dead. Where you are, my friend. Marie-France, my lady, she prepared this road but her lord choked her off before I could read the book of her days. Neuro from the nerves, the silver paths. Romancer. Necromancer. I call up the dead. But no, my friend. I am the dead, and their land.Stay. If your woman is a ghost, she doesn't know it. Neither will you."

segunda-feira, 21 de março de 2011

O fim de outro relacionamento

Foi mais ou menos bom enquanto durou. Foi bom porque, por um lado, eu compreendi (em escala bem menor) o drama que envolve a caça por pautas num jornal , ganhei uma grana numa quantidade bem boa pra quem ainda não gasta com contas, conheci pessoas incríveis, aprendi a me sitiar em repartições e quase zerei Ace Attorney. Agora, pelo outro lado, o tempo que eu tinha pra mim foi devidamente chacinado e o desalento foi me dissolvendo pouco a pouco. Meus projetos que foram tão magnificamente idealizados (um site pros meus quadrinhos; joguetes com o lucas, ciro e andrade; blog de música e cinema com o de paula e o melo) nem chegaram a ver a luz do dia. Eu não conseguia tempo pra desenhar ou escrever nada no dia, porque quando chegava tava fudido de acordar cedo, ir pro CEUB, voltar, almoçar rápido e correr pro trabalho, sem uma pausa significativa. O final-de-semana, que tinha passado a ser razão do meu existir, era precariamente dividido entre estudar, sair, e curtir um tempo sozinho. Enfim, não há dinheiro no mundo que valha mais que a sensação de se ter aproveitado o dia por inteiro. Me demito e saio cantando Mayer Hawthorne pra dramatizar:

quarta-feira, 9 de março de 2011

As românticas frustradas.

Sem elas, do que seria a vida? Toda prosa das donas-de-casa e lavadeiras se perderia. As ficções da pena e da máquina, morreriam. Mulheres fatais, nem existiriam. E a Bruna Surfistinha com certeza não viraria cinema num misto de pornô com um drama doloridíssimo. Ai ai meu corazón.

segunda-feira, 7 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

Top 100 Da Mala

Fora de ordem, quando eu tiver coragem faço uma ordem.

Oldboy

Double Indemnity
Mulholland Drive
Sympathy For Lady Vengeance
O Cheiro do Ralo
Godfather (trilogia)
Brief Interviews With Hideous Men
2001: A Space Odyssey
The Maltese Falcon
Apocalypse Now

Cidade de Deus

Aguirre the wrath of god
The Big Lebowski
Adaptation
Brick
Taxi Driver
Reservoir Dogs
There Will Be Blood
Vertigo
Estômago

Memento

Dr. Strangelove or how I learned to love the bomb
Akira
The End of Evangelion
Batman: The Dark Knight
Irma Vep
Moon
King Of Comedy
Sorcerer
The Chaser

Bad Lieutenant: Port of New Orleans

Le Fabeleux Destine d'Amélie Poulain
GoodFellas
There Will Be Blood
500 days of Summer
Toy Story (trilogia)
American Psycho
1984
Pulp Fiction
The Good The Bad and The Ugly

Once Upon a Time in the west

Inception
Eternal sunshine of the spotless mind
Punch Drunk Love
Tenacious D In The Pick of Destiny
The Lord Of The Rings (trilogia)
Chinatown
The Shining
Following
Fargo

Funny Games
Get Carter
Glengarry Glen Ross
Citizen Kane
12 Angry Men
The Holy Mountain
Anchorman
Trainspotting
Thank you for Smoking
Paranoid Park

In Bruges
Thirst
My Blueberry Nights
Mr. Vengeance
Donnie Darko
Enter the Dragon
A Clockwork Orange
Bronson
Fight Club
Vertigo

Whatever Works
Lucky Number Slevin
Apenas o Fim
Mad Max 1 & 2
Black Swan
Never Let Me Go
Howl
O Bem-amado
Bandido da Luz Vermelha
Vengeance is Mine

Blade Runner
Singing in the Rain
Matrix 1&2
Scarface
Die Hard 1
Wild At Heart
The Hurt Locker
The Lady From Shanghai
NightWatch (trilogia)
Unforgiven

Dogtooth

Let The Right One In
Zodiac
No Country For Old Men
A Serious Men
Battle Royale
The Machinist
Bringing out the dead
Primer
Everything is illuminated

sexta-feira, 4 de março de 2011

"Preciso falar contigo."

Que as vezes tem momentos que a dor vai te corroendo de fora pra dentro, sabe? Começa com uns azares bobos, o ônibus começa a chegar atrasado, te pegam falando mal de alguém, só chove quando você sai de casa. Vai passando pra situações covardes, amigos sendo ignorantes contigo, gente puxando briga sem razão, babaquice alheia recorrente. Até que explode na sua cara a pior situação possível: enquanto o Heartbreak Kid é massacrado no último Wrestlemania da vida dele, aquele amor velho vem discutir relacionamento contigo pronta pra brigar pelo fim. Então eis que a bílis negra incide e você se revira numa espiral contorcida. Pois é, sabe esse fatídico momento? Eu tô é passando longe dele, rapaz. Me guardei todo pra esse carnaval e agora eu vou é sambar, porque esse ano tá mais delicioso que o bolo de cenoura com cobertura de chocolate da Nara. Pode vir, feriado, que eu vou te aproveitar do começo ao fim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Resenha Shutter Island (Ilha do medo)



Num misto de noir com terror psicológico clássico, Martin Scorcese cria mais uma belíssima obra cinematográfica. A história gira em torno de Teddy Daniels (Leonardo DiCapri) e Chuck Aule (Mark Ruffalo), dois detetives que são convocados para investigar o desaparecimento de uma paciente do manicômio para insanos criminosos em Shutter Island. Na fotografia o filme carrega consigo a marca clássica do noir, uma sufocante escuridão onde as noites são trevas herméticas e os dias nunca chegam a ser prontamente claros. Com tomadas de câmera ambíguas que não deixam transparecer as verdadeiras intenções dos personagens em nenhum momento. Atuação primorosa de todos os envolvidos, com destaque para o DiCaprio que carrega excepcionalmente bem o fardo psicológico do personagem principal. Trilha sonora não muito marcante, mas completamente funcional. E com a direção marcante do Scorcese, o enredo (que não surpreende aos mais afeiçoados ao gênero de mistério) fica muito mais interessante. Gerando assim um filme onde o destaque jaz na direção e não no roteiro, o que não é nem de longe ruim, talvez seja até melhor assim. Enfim, o filme é excepcional, se ainda não o viu, veja.