Vou fazer um breve e conciso comentário sobre a resenha 'Quadrilátero Sertanejo' de Cléber Eduardo e Sílvio Ferreira que saiu na Época Ed. 117. Faço esse comentário aqui porque provavelmente não poderei fazer essa argumentação a la comício na minha sala do CEUB.
Durante seis parágrafos o senhor Cléber descorre críticas antipáticas de uma ironia enlevada e soberba sobre o filme 'Eu Tu eles'. Começa como quem conta uma anedota de rodapé de jornal comunitário e apartir daí vai destroçando mais e mais a cada linha. Atirando argumentos como que de cima de um palanque apontando para o próprio Barrabás e gritando "Bandido! Criminoso!". Repleto da certeza royal straight flush na próxima rodada. E então ele subitamente para. Para com o ódio e digressa como se nada tivesse ocorrido seis parágrafos antes. Depois de toda a virulência dos argumentos anteriormente discorridos, com toda a calma e poesia do mundo abraça o filme e diz "A cima de tudo é um filme que retrata o Brasil". E eu lhe pergunto, Senhor Cléber, como assim você vira pro outro lado e sai andando cabisbaixo depois de tanto ultrajar e rir cinicamente de Darlene e seus três maridos? Não, isso está errado. Se começou na ironia pelo menos faça o favor de seguir de mãos dadas ao sarcasmo. Faz favor, né? Não é preciso ouvir Chico Buarque pra saber que deve-se seguir até o fim independente dos entretantos e todavias da vida.
