domingo, 13 de maio de 2012

Seguindo adiante

O 'No Encalço Do Falcão Maltês' segue seu caminho no tumblr de agora em diante http://noencalco.tumblr.com/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os 11 melhores quadrinhos que eu li em 2011


Oyasumi Punpun



Understanding Comics



Powr Mastrs



Marvel Strange Tales 2



Keeping Two



Sixteen Miles To Merrick



Our Blood Stained Roof



Scott Pilgrim



Incognito



Valentina Au Debotte



Mesmo Delivery

Os 11 melhores jogos de 2011


Bastion



At A Distance



Glissaria



Viriax



Trauma



Hide



The Stanley Parable



Sword & Sworcery EP



Super Crate Box



Orcs Must Die



Shoot First

domingo, 5 de junho de 2011

Mediocridade is killing me

Dá play e vai lendo o texto junto com a música



Tem algo que desde sempre me emputeceu: a mediocridade. Vez ou outra comento ela, nunca demoradamente. Mas a ocasião agora é outra, morreu Gil Scott-Heron e o tema veio à tona.

No dia 27 de Maio, Scott-Heron morreu por razões ainda desconhecidas. Um músico, poeta, e pensador negro que conseguiu a rara proeza de manter o altíssimo nível musical durante 40 anos de carreira. Um dos precursores do rap junto com o grupo The Last Poets. Seu poema/música "The Revolution Will Not Be Televised" tem influência até hoje. E dentre várias outras proezas que não cabe a mim demorar (depende de você pesquisar).

Como já era de se esperar, ele estava certo, a revolução não será televisionada, ela ocorrerá na internet pra quem se esforçar pra descobrir. Porque, assim como o verdadeiro rap (aquele que realmente é rhytm and poetry) anda apagado por milhares de bling-bling e incompetência musical, a internet está cheia de mediocridade. Assange, códigos abertos, kickstarter e afins são sobrepostos por "famílias de bandas", babaquice de "comediantes", ecletismos, gente ensandecida sem razão. A situação é tétrica, horrenda, calamitosa. Um típico usuário passa de duas a quatro horas na rede, e é incapaz de estabelecer o mínimo de critério ou aprender algo novo, como pode um absurdo desses? Só no mês passado eu já ouvi, li e assisti muito mais que muito classe média por aí. Como pode sabe lá quantos adolescentes gastarem horas, semanas, meses, anos numa banda de um CD só? CD esse que é medíocre, diga-se de passagem. Como um cara que faz piada com estupro é o mais influente do twitter? Como pode alguém achar que a Wikipedia só tem artigos furados? Como pode alguém fazer todos os trabalhos com ajuda do Yahoo!Respostas ? Sério, é absurdo o quanto as pessoas se contentam sem o mínimo de discernimento. Como elas conseguem se fechar em suas garrafinhas de mediocridade e achar que não é um crime contra sua própria humanidade viver assim.
Tomara que no futuro isso melhore, porque assim não dá.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Encrenca em dobro

Seguem abaixo as narrativas de dois ocorridos no CEUB. Sendo o primeiro de cunho completamente vergonha alheia e o segundo, além da vergonha alheia, tem um pouco de Metal Gear Solid no meio.
*
Me foi passado um trabalho cujo tema era o Tumblr. "Pffff, vai ser tranquilo já que eu tenho um Tumblr há quase um ano. Vou destruir e tirar aquele SS." pensei com os meus botões. Mas, obviamente, não foi bem assim. A princípio tudo correu muito bem, todos mandaram suas partes, o powerpoint ficou bom, conseguimos uma sala com internet. Até que começamos a apresentar o trabalho, e apartir daí foi ladeira abaixo para a decadência. Explico, abri o Tumblr que tinha feito pro trabalho(que não deveria estar seguindo ninguém, mas eu devo ter seguido sem querer achando que estava na minha outra conta) e lá estavam as atualizações de outros tumblrs na minha dashboard, sendo a primeira uma imagem turva com a frase "E O MARIDAO VENDO" logo abaixo dela. Como era o tumblr do @sosjorginho eu esperava que fosse uma zoeira de boa. Só que não era. Era o sexo entre dois homo sapiens de sexos opostos, meus caros. Só que como a imagem tava turva e o telão do meu ângulo tava meio de lado, não consegui discernir o que era, então cliquei inocentemente pra mostrar as várias funções do Tumblr. Desnecessário dizer que quem conseguiu ver a imagem riu alto e o professor fez aquela cara de negação. Resultado, o constrangimento era tanto que apresentamos o trabalho bem mais rápido e pulamos várias partes. Triste, triste.
*
Eu me perco em devaneios o tempo todo, não consigo evitar. Fico surdo e desatento no processo, e demoro pra me tocar que cai numa cilada. Teve esse dia durante a aula de Mídias Sociais que me deu aquela vontade de ir no banheiro dar uma aliviada nos rins (aka mijar). Então beleza, sai da sala e avistei ao longe o banheiro com o símbolo de masculino. Mirei nele e segui devaneando (acho que nesse dia estava pensando em novas abordagens pro Zelda, mas pode ser ter sido qualquer coisa). Cheguei lá, entrei na cabine, fechei a porta e comecei o processo de aliviação. Mas eis que ouço passos... de sapatilhas! Reparem na sagacidade da conclusão que tive logo em seguida: "Peraí, homens não usam sapatilhas". Exatamente, Sherlock, Homens não usam sapatilhas. Aí eu me lembrei que ao entrar no banheiro não vi nenhum miquitório. Caso resolvido: era incontestavelmente um banheiro feminino. Começou o Metal Gear (aperta o play ali em baixo e deixa tocando enquanto lê).

O frio me percorria a espinha enquanto ouvia ela, seja lá quem fosse ela, lavando as mãos. Por sorte eu estava no meio do processo, então tinha que ir até o final. Foi o tempo dela fechar a torneira e o som de passos desaparecer na distância. Ela saiu, era agora. Terminei de mijar, fechei o zíper, abri a cabine lentamente pra confirmar que não tinha ninguém. Barra limpa. Sai da cabine, lavei a mão, e fui em direção a porta. Olhei pela entrada e vi um grupo virado pro outro lado e entretido nas suas piadas de Direito. Respirei fundo, e sai. E foi um alívio duplo, por ter saido despercebido e por ter dado aquela mijada massa.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O que me leva a comprar um livro?

Quem dera fosse só uma razão que me levasse a comprar livros, assim daria para impedi-la de fazer um rombo no meu salário. Mas é sempre mais de uma, e misturadas homogeneamente. As vezes me atrai primeiro pela capa, aí eu dou uma lida na sinopse, vou me interessando pouco a pouco até ceder e comprar. Ou simplesmente me vêm um súbito amor pela Rússia, e como eu tenho uma flutuante e disforme lista mental de clássicos mundiais (que não sei ao certo quando foi que entrou no meu cérebro), decido que é a hora de se ler um Tchekov ou Tolstói. E como eu não tenho tanto dinheiro assim (graças aos deuses) não posso me dar ao luxo de comprar livros pelo simples ato de comprar. Então sempre termino meus livros, Alessandro.

Em Fahrenreit 451 qual livro eu seria?

Pensando duas vezes, seria 'Crime & Castigo'. Antes eu tinha pensado em ser 'O Longo Adeus', mas depois me dei conta que 'Crime & Castigo' tem um discurso muito mais amplo a ser dito. Discurso esse que se debruça por todos os problemas que impomos a nós mesmos. Como a viciosa moral cujo maior trunfo é a culpa. Que diluida com votos religiosos descabidos e com a família inconcebivelmente desestruturada, levam à um desapego com qualquer tipo de afeto humano. O que explica a situação tétrica que nos encontramos hoje.
Sendo assim, te respondo, Alessandro, que eu levaria na memória os escritos de Dostoiévski. Para que a humanidade fosse mais razoável consigo mesma, e não sofresse por motivos descabidos.