terça-feira, 17 de maio de 2011

Encrenca em dobro

Seguem abaixo as narrativas de dois ocorridos no CEUB. Sendo o primeiro de cunho completamente vergonha alheia e o segundo, além da vergonha alheia, tem um pouco de Metal Gear Solid no meio.
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Me foi passado um trabalho cujo tema era o Tumblr. "Pffff, vai ser tranquilo já que eu tenho um Tumblr há quase um ano. Vou destruir e tirar aquele SS." pensei com os meus botões. Mas, obviamente, não foi bem assim. A princípio tudo correu muito bem, todos mandaram suas partes, o powerpoint ficou bom, conseguimos uma sala com internet. Até que começamos a apresentar o trabalho, e apartir daí foi ladeira abaixo para a decadência. Explico, abri o Tumblr que tinha feito pro trabalho(que não deveria estar seguindo ninguém, mas eu devo ter seguido sem querer achando que estava na minha outra conta) e lá estavam as atualizações de outros tumblrs na minha dashboard, sendo a primeira uma imagem turva com a frase "E O MARIDAO VENDO" logo abaixo dela. Como era o tumblr do @sosjorginho eu esperava que fosse uma zoeira de boa. Só que não era. Era o sexo entre dois homo sapiens de sexos opostos, meus caros. Só que como a imagem tava turva e o telão do meu ângulo tava meio de lado, não consegui discernir o que era, então cliquei inocentemente pra mostrar as várias funções do Tumblr. Desnecessário dizer que quem conseguiu ver a imagem riu alto e o professor fez aquela cara de negação. Resultado, o constrangimento era tanto que apresentamos o trabalho bem mais rápido e pulamos várias partes. Triste, triste.
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Eu me perco em devaneios o tempo todo, não consigo evitar. Fico surdo e desatento no processo, e demoro pra me tocar que cai numa cilada. Teve esse dia durante a aula de Mídias Sociais que me deu aquela vontade de ir no banheiro dar uma aliviada nos rins (aka mijar). Então beleza, sai da sala e avistei ao longe o banheiro com o símbolo de masculino. Mirei nele e segui devaneando (acho que nesse dia estava pensando em novas abordagens pro Zelda, mas pode ser ter sido qualquer coisa). Cheguei lá, entrei na cabine, fechei a porta e comecei o processo de aliviação. Mas eis que ouço passos... de sapatilhas! Reparem na sagacidade da conclusão que tive logo em seguida: "Peraí, homens não usam sapatilhas". Exatamente, Sherlock, Homens não usam sapatilhas. Aí eu me lembrei que ao entrar no banheiro não vi nenhum miquitório. Caso resolvido: era incontestavelmente um banheiro feminino. Começou o Metal Gear (aperta o play ali em baixo e deixa tocando enquanto lê).

O frio me percorria a espinha enquanto ouvia ela, seja lá quem fosse ela, lavando as mãos. Por sorte eu estava no meio do processo, então tinha que ir até o final. Foi o tempo dela fechar a torneira e o som de passos desaparecer na distância. Ela saiu, era agora. Terminei de mijar, fechei o zíper, abri a cabine lentamente pra confirmar que não tinha ninguém. Barra limpa. Sai da cabine, lavei a mão, e fui em direção a porta. Olhei pela entrada e vi um grupo virado pro outro lado e entretido nas suas piadas de Direito. Respirei fundo, e sai. E foi um alívio duplo, por ter saido despercebido e por ter dado aquela mijada massa.

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